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Os Filhos de Deus - Reinaldo Coutinho (Ufolista)

Caros amigos.
Um dos maiores mistérios da Bíblia é a passagem do Gênesis que se refere aos Filhos de Deus e seus descendentes, os Gigantes de outrora. Está escrito:
Quando os homens começaram a multiplicar-se na Terra e tiveram filhas, vendo os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram bonitas, escolheram para mulher as que entre elas mais lhes agradavam.(Gênesis 6-1,2)
Deus não gostou desta união. Desgostoso com a corrupção desenfreada na Terra resultante, resolve reduzir a idade do ser humano a 120 anos e decide enviar o Dilúvio para varrer a humanidade e os descendentes dos Filhos de Deus com as mulheres humanas. Continua o Gênesis:
Havia então gigantes na Terra e mesmo depois que os Filhos de Deus se uniram com as filhas dos homens e lhes geraram filhos. São eles os heróis famosos dos tempos antigos. (Gênesis 6-4)
Que heróis seriam estes? a Bíblia não cita. Mas podemos imaginar persaonagens do tipo Herakles (Hércules), Osíris, Hórus, Thor, Tamuz, Oannes, etc.
Os exegetas da antiguidade ficaram perplexos perante um problema constrangedor. Quem seriam os Filhos de Deus? Como explicar aos fiéis estes seres misteriosos?
Julius Africanus, um cristão primitivo nascido na Líbia no século III foi o primeiro a afirmar que os Filhos de Deus eram os descendentes de Set, o terceiro filho de Adão. Mas a hipótese revelou-se frágil pois as denominações Filhos de Deus e Filhos de Set eram divergentes. Além do que, se os Filhos de Deus eram os descendentes de Set, que mal haveria em unir-se carnalmente às filhas dos homens, suas próprias congêneres? Seria um desenvolver natural da humanidade, pregado pela própria Bíblia.
Outros primitivos comentaristas cristãos e judeus também mostraram-se perplexos com estas passagens. E como ela já estava estabelecida no texto sagrado, a única forma de evitar as desagradáveis implicações de explicar deuses humanos se unindo e tendo filhos, foi arranjar uma interpretação que a tornasse mais aceitável. Assim, os antigos rabinos entendiam que a expressão
bene ha'elohim não se referia aos Filhos de Deus, mas a homens honrados. Os padres da igreja também os diziam filhos de Set.
Em geral, constrangidos por falta de explicação, os padres dos três primeiros séculos da Igreja concordavam que os Filhos de Deus eram homens comuns. Assim pensavam São Justino, Atenágoras, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Santo Ambrósio. O célebre São Jerônimo (347-419 ou 420) manteve reserva sobre o controverso assunto e Santo Agostinho de Hipona (354-430), ao cabo de muitas indecisões, também declarou que os Filhos de Deus eram os descendentes de Set.
Também não tem sentido a opinião dos que vêem nos Filhos de Deus homens piedosos, consagrados a Deus pelo voto de castidade, pois não há indícios de que naquela remotíssima época houvesse o celibato como aspiração divina, coisa mais para os tempos pré-cristãos. Muito pelo contrário, os judeus consideravam como uma bênção do céu contrair matrimônio e dar origem a uma numerosa prole. Por exemplo:
Os netos são a coroa dos anciãos e a glória dos filhos são os pais. (Provérbios17-6)
Tua esposa será videira fecunda no interior de tua casa. Teus filhos, rebentos de oliveira ao redor de tua mesa. (Salmo128-3)
A hipótese mais plausível é que os Filhos de Deus fossem os mesmos anjos da classe de Miguel, Rafael, Gabriel, etc. Esse foi o parecer de livros apócrifos como o Livro de Enoch, o Livro dos Jubileus, O Testamento dos Doze Patriarcas, e ainda a opinião de autores antigos como o filósofo heleno-judaico Fílon de Alexandria (25 aC.-50 dC.) e o historiador judeu romanizado Flávio Josefo (37 ou 38 dC.-102 ou 103 dC.).
O livro de Henoc diz (Cap VI-1,2):
"E aconteceu que, quando os filhos dos homens se multiplicaram, naqueles dias lhes nasceram filhas graciosas e belas. E vira-nas os anjos do céu, e desejara-nas e disseream uns aos outros: escolhamos mulheres dos homens e geremos filhos.
Ora, se foi possível a união carnal entre os Filhos de Deus e as mulheres humanas, então eles não eram entidades etéreas ou espirituais. Eram de carne e osso. E, se desta união nasceram os gigantes e os heróis de outrora, temos que, fisiologicamente e geneticamente os Filhos de Deus eram semelhantes aos humanos. Igualzinho a nós. Em, carne e osso e com funções fisiológicas iguais. Aliás, os árabes da Palestina, acreditavam que os anjos djins tinham sexo e podiam procriar. O Alcorão, por sua vez difere com ênfase os humanos dos anjos ou gênios:
Salvo aqueles de que teu senhor se apiade. Para isso os criou. Assim, cumprir-se-á a palavra de teu senhor, e se encherá o inferno, tanto de gênios, como de humanos, todos juntos. (Alcorão, 11ªSurata-19)
E mais um detalhe: parece que nas hostes celestiais dos anjos só haviam homens,o que fez com que tivessem os desejos carnais, despertados pela primeira vez, justamente pelas belas humanas.
E o que revoltou Deus com esta união? Segundo o livro de Enoch, os Anjos revelaram aos homens, agora seus parentes, a elaboração de metais e o fabrico das armas, a invenção de atavios e cosméticos femininos, etc. Instruíram ainda os homens nas artes mágicas e da astrologia. Em suma, tiveram entre eles um papel civilizatório.
Mas, assim como disse a Bíblia, o Livro de Enoch afirma que este relacionamenteo e o comércio carnal entre as filhas dos homens e os Filhos de Deus trouxe uma corrupção desenfreada na Terra. Enoch descreve com pormenores os chefes e subchefes da hoste celestial dos anjos punidos por Deus por seu comércio carnal com as humanas. Como eram seres divinos, não podiam morrer e escaparam do Dilúvio, o que não aconteceu com a maioria dos seus descendentes.
Os Filhos de Deus são conhecidos em vários textos da Bíblia. Em Jó (1-6 e 2-1) se apresentam a Iavé na Divina Assembléia Celestial; ainda em Jó (38-7), estiveram ao lado de Iavé na criação do mundo; aparecem ainda na Assembléia Divina de Iavé no Salmo 89-7, etc.
O uso da expressão Filhos de Deus pelos israelitas tem suas origens no acervo do conhecimento tradicional herdado dos caananitas. O conceito de Filhos de Deus, assim como as histórias sobre eles, sem dúvida, remontam aos tempos caananitas, segundo a opinião de Ronald Hendel (ver bibliografia).
Os descendentes dos Filhos de Deus com as mulheres humanas são chamados de nefelim, os heróis dos tempos antigos. Nefelim significa em hebraico os caídos, um eufemismo para mortos. Mas também poderia indicar a desgraça em que caíram seus ascendentes, os Filhos de Deus.
Em outras partes da Bíblia os nefelin são descritos como gigantes, que eram os habitantes de Canaã:
Entramos no país ao qual nos mandastes. Realmente, é uma terra onde corre leite e mel, e estes são seus frutos. Entretanto, o povo que vive no país é poderoso. As cidades são fortificadas e muito grandes. Vimos ali até mesmo gigantes de Enac. (Num.13-27,28)
Os enviados de Josué se assustaram em ver a elevada estatura dos enacin ou rafain, ou seja, descendentes de Enac, um dos gigantes, descendente, por sua vez, da União dos Filhos de Deus com as mulheres.
Og, o rei de Basã era outro dos últimos gigantes descendentes dos Filhos de Deus:
Pois Og, rei de Basã, era o único que restava da raça dos refaítas. De fato, seu sarcófago de ferro pode-se ver em Rabá, cidade dos amonitas.. Tem cerca de três metros e meio de comprimento e dois de largura. (Deut.3-11)
Davi e seus soldados também exterminaram alguns dos últimos gigantes de outrora:
Mais tarde houve outra luta em Gob com mais filisteus; Sobocai em Husa abateu a Saf, descendente de Rafa. Quando se travou nova luta em Gob com os filisteus, o betlemita Eleanã, filho de Jair matou Golias de Gat, cuja haste de lança parecia um cilindro de tear. Ainda se travou outra luta em Gat; houve lá um homem de elevada estatura que tinha seis dedos em cada mão e pé, ao todo vinte quatro, sendo também ele da raça de rafa. Como insultase e desafiasse a Israel, Jônatas, filho de Sama, irmão de Davi, o matou. Estes quatro eram da raça de rafa e naturais de Gat. Tombaram pelas mãos de Davi e de sua guarda. (2sSamuel21-18,22).
Nos mitos e epopéias e textos rituais de Ugarit, a expressão Filhos de Deus ocorre com frequência: são também encontradas em inscrições fenícias dos séculso VIII e VI.
Segundo modernos veterotestamentistas, a função dos nefelim-rafaim-enacim, os gigantes semi-deuses é constante em todas estas tradições. Eles existiam para serem aniquilados pelo dilúvio, por Moisés, por Davi e outros. Têm uma função: morrer!.
Mas aí vem uma pergunta: Noé, a esposa, e os três filhos, com suas respectivas esposas não teriam sido os únicos a escapar do Dilúvio? como os descendentes dos filhos de Deus, os nefelim-rafaim-enacim conseguiram escapara para serem exterminado, tempos depois, por Moisés e Davi?
Ronald Hendel é de opinião que originalmente, na primitiva tradição israelita, o motivo para o Dilúvio tenha sido a destruição dos nefelim. O fato de os Filhos de Deus se unirem sexualmente às filhas dos homens teria criado um desequilíbrio cósmico e uma confusão de ordem cósmica. O nascimento de semideuses era uma ameaça à estrutura do universo. A resposta natural, conforme o exemplo da tradição babilônica do dilúvio, era suprimir o desequilíbrio pela destruição.
Essa questão dos gigantes civilizadores não se restringe a Bíblia ou à sua ancestralidade caananita. Prtaticamente todos os antigos povos do mundo lembram-se deles.
Ali mesmo pelo Oriente Próximo, o acerdote fenício Sanchoniaton escreveu sobre eles. Conhecemos citações de seus trabalhos através de Eusébio de Cesaréia o qual, por sua vez, os colheu de Philo de Biblos. A lenda fala de Genos, filho de Aion e Protegenus. Genos gerou filhos mortais chamados Phos, Pour e Phlox. Estes descobriram o fogo ao rasparem madeira contra madeira, arte que repassaram aos humanos. Geraram filhos de tamanho e força descomunais , cujos nomes passaram ás montanhas da região.
E o Zeus grego? Venceu os gigantes de seu pai Saturno, lançando-os ao Tártaro. Um deles, Atlas, teve um castigo diferenciado: sustentar o globo terrestre nas costas.
Nos tempos antigos a Coréia era habitada, em grande parte, por gigantes, homens inteligentes e fortes, heróis famosos e muito poderosos, que foram destruídos pelos chineses.
Por aí afora correm as histórias dos gigantes de outrora. Modernos pesquisadores vêem nele seres extraterrestres muito parecidos com nós. O que nos parece plausível é que os Filhos de Deus que se referem a Bíblia eram de carne e osso, seja quem tenham sido eles.

Abraços.
Reinaldo Coutinho

Fontes: O LIVRO DE HENOCH (ed. Hemus); O ALCORÃO (Ed, Tangará); A BÍBLIA (ed. Vozes); QUANDO OS FILHOS DE DEUS SE DIVERTIAM COM AS FILHAS DOS HOMENS, de Ronald Hendel, in PARA COMPREENDER OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO, org Hershel Shanks (Ed. Imago); A ORIGEM DO MUNDO E DO UNIVERSO, de Luis Arnaldich (Es. Aster); A CIDADE DE DEUS, de Santo Agostinho (Ed. Vozes); HISTÓRIA DAS RELIGIÕES DE ISRAEL , de Georg Fuhrer, (Ed. Paulinas).

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